“Ah, bons tempos de Açores…”
Acelerando para o fim das gravações do SC em Cena e começando a sentir aquela tristeza de ficar só na ilha de edição!
Sim, eu amo edição mas, faz muito tempo que não monto um desses nossos projetos grandes! Isso por algumas razões que, com o tempo, eu vi que foram extremamente necessárias para o nosso amadurecimento como diretor de conteúdo!
Quando a gente fazia tudo em dois (eu e Senhor Flavio), as coisas tinham sempre a mesma cara! Era aquela coisa: imagem igual, edição igual, narrativa igual…
Nunca tínhamos tempo para experimentar coisas que estávamos tirando como referencia, as vezes não conseguíamos concretizar o projeto idealizado por falta de material humano e assim ia…
Até que veio o Crônicas, depois o Bento e, a cada projeto as equipes cresciam e ficavam cada vez mais multifacetadas.
E eu nunca conseguia me livrar da edição…
Sim, isso era triste! Uma vez ouvi falar que diretor editando filme é que nem pai dando umas palmados no filho! Você sabe que ele merece mas você tem dó de fazer!
Cada imagem tinha uma carga linda de emoção, cada cena tinha uma história e, no começo, tudo é amor e delícia! Hoje eu vi que as coisas não são bem assim e, pela primeira vez botamos um editor pra trabalhar conosco! E assim o Lucão montou o “Oitenta e três- A fúria das Águas/A força dos homens” (o SC em Cena do ano passado!)…
A experiência foi maneira! Ficar longe da máquina, só ver o filminho passando e dando aqueles retoques estéticos malucões foram passos determinantes para o ano que veio…
Muita publicidade e um Invencíveis depois (magistralmente montado pelo baluarte Cris Ely), a gente tava na linha de frente para a concretização do “Dez ilhas e um mundo”.
Imagine contar a historia da colonização açoriana de forma diferenciada! Essa era a nossa meta e, para isso, dividimos essa narrativa em três passos: a chegada, as bagagens e o futuro….
Eu não tenho mais saco pra ver documentário histórico! Sério!Aquelas pessoas falando, contando historinha de não sei quem, de não sei onde e assim vai…
Mudamos, contamos a nossa história épica sobre essa jornada rumo ao sul do País…
Decidido isso, resolvemos fazer o primeiro capitulo inteiro em animação e nos prendemos a diversos elementos lúdicos e calçados na computer art pra reconstruir essa narrativa que tem quase 270 anos de idade…
Então agora, nessa ilhota de edição (agora são onze ilhas e um mundo!), acompanhados pelo Sr. Beto, com o Cris e o Dieguinho nas animações e arte, estamos montando esse quebra cabeça para vocês! Esperem e verão…
Então aguardem, esperem e, para quem quiser saber um pouquinho mais sobre o filme e as experiências cinematográficas da tac, amanhã, das 15:30 até as 18 horas estaremos no Granja (UNIVALI) dando uma palestra malucona sobre diversos assuntos devidamente deliciosos!
Vejo vocês amanhã!